Símbolos – Caveiras Parte I

Escrito por Eduardo Gabriel on . Categorias: Ensinamentos, Magia Nórdica, Matérias

Algo notável e que vemos que é o divisor de águas. O entendimento quanto aos símbolos é uma das principais diferenças das práticas espirituais ou religiosas naturais para as mentais.

Cultos mentais são os cultos adoradores de uma força que não possui forma. Ou seja, não é difícil entendermos que qualquer símbolo para os seus praticantes são vistos como “algo das trevas”. E como a vida é toda composta de símbolos notamos que uma espécie de lacuna é criada, pois os processos naturais acabam por serem mal interpretados ou temidos pelos mesmos.

Já os praticantes de cultos naturais lidam melhor com a situação. Acostumados a enxergarem a Suprema Força Criadora em tudo e todos, são os curiosos da simbologia e a sua abertura consciêncial permite-lhes entender as simbologias que a vida apresenta.

Um dos símbolos mais mal interpretados é símbolo da Caveira. É muito temido por[more…] ser sempre associado a morte. Notem que esta interpretação está tão fixa na mente das pessoas que se tornou o símbolo do veneno. Algo letal, mortífero, de muito perigo para quem o manipula.

Para retirar um pouco o véu do medo, vamos analisar a verdade sobre essa simbologia. Confirme que o medo criado ao redor do tema é algo totalmente implantado e que não há reais motivos para tal.

Quando o ser humano morre ocorre o processo de decomposição. Nesse processo todos os órgão são digeridos por bactérias, sobrando apenas os ossos e dentes, estes por serem compostos de minerais não são consumidos. Quando o ser humano está encarnado, os ossos não são aparentes, depois de mortos apenas eles e os dentes ficam aparente. Fica claro o porque da associação dos caveiras com a morte.

As caveiras são um símbolo da “morte”, mas não do conceito geral que as pessoas tem da morte. Afinal de contas a morte carnal é apenas uma passagem para o plano espiritual. Uma abertura para uma nova etapa daquele espírito, uma nova ensejo de evolução e aprendizado no outro lado da vida. Segundo as nossas crenças, esse lado pode ser ainda mais belo e mais composto. Com possibilidades ainda maiores e mais intensas de aprendizado.

A morte deve ser uma constante em nossas vidas. Tudo tem um começo, meio e um fim. Quando nascemos não sabemos se teremos sucesso em nossas carreiras, conquistas materiais, amores e assim por diante. A única certeza é que um dia iremos morrer. Todos os que encarnam sabem disso.

O fim é sempre algo trágico, não é mesmo? “–Claro que NÃO!”

Ou será trágico quando aquela dor de cabeça insuportável acaba? Nós humanos temos uma tendência natural de sentirmos dor quando acaba algo que gostamos. Porém nos esquecemos de sentir gratidão quando algo que não nos faz bem chega ao fim.

Tendo em conta as divindades como qualidades executoras dos princípios e energias regentes da criação, não precisamos avançar muito para concluir que o mesmo poder que nos desliga do corpo carnal, desliga também a existência dos vírus que nos causam grandes dores e incómodos.

Concluímos então que o princípio mais temido contido no símbolo da caveira é também um dos mais úteis. Sim, uma divindade da morte se mostra muito positiva para que consegue olhar além e – como costumo repetir nos meus cursos – ver com olhos iniciáticos. Para uma divindade da morte podemos pedir que elimine todos os vícios que nos afligem. É claro que nunca pedimos a morte de um semelhante. E não é preciso entender muito para saber que os poderes Divinos não executam este tipo de acção a nossa mera vontade. Nenhum encarnado tem o poder de decidir quando a vida de seu semelhante – seres humanos – deve chegar ao fim. Por isso que o assassínio é visto como um grande crime em quase todas as religiões.

– Fim da Parte I –
– Veja a Parte II –

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Eduardo Gabriel

“Tutor da Magia Nórdica, Eduardo Gabriel é médium psicografo desde 2003 quando começou a escrever sobre Magias. Ministra cursos na Europa e Brasil, visando sempre o desenvolvimento pessoal e espiritual de seus iniciados, assim como a multiplicação dos benefícios causados pelas Magias Mitológicas.”

Comments (8)

  • GEORGINA

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    KKKKKK…….no fundo TODOS NÓS somos uma caveira (encarnados ou desencarnados).

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  • Heldney

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    Muito bom o texto.
    Refletir sobre a utilidade da morte em nossa vida, nos faz nos sentir mais vivos…

    Quando vem a parte II?

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  • Eduardo Gabriel

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    Obrigado amigo!

    Publicarei a parte II na quarta provavelmente.

    Abraço!

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  • marcio.santos

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    Ora muito bem este texto… devo de salientar que algo semelhante também se pode encontrar dentro do tarô, na carta n13 morte, ela também tem a representação de um “Ceifeiro” a colher as almas, um ser à base de esqueleto; e esta carta em muitas ocasiões significa exactamente o fim de certos ciclos…

    Mas aproveito para lançar mais uma possibilidade na associação do que a imagem de uma caveira pode transmitir, baseada numa das funções decorrentes delas:

    Aceder a conhecimento de outras épocas….
    Elas numa visão antropológica e arqueológica “trazem” muita informação de outros tempos. mostra a forma de viver das pessoas em outras épocas, e o historial delas… Embora a Alma tenha abandonado o corpo, as ossadas mantêm-se como um registo do passado dela, e que por vezes podemos ter compartilhado com elas algumas vivências… 😉

    Agora falta ler a parte II

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  • Mario Neto

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    É amigo… Esclarecedor o texto e mais uma vez tentando quebrar os paradígmas que são quebrado. E tens toda razão quando diz que quando estamos e nos aprofundamos no conhecimento fica mais facil entender as coisas. E pra terminar: “MISSÃO DADA É MISSÃO CUMPRIDA – FACA NA CAVEIRA”.

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  • Eduardo Gabriel

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    Muito bem colocado Márcio. Realmente muitas areias passam pela ampulheta e as caveiras perduram… Abraço!

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  • Eduardo Gabriel

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    kkkk… Fico feliz que tenha gostado irmão! Abraço!!!

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  • Patricia Ungarelli

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    Também gostei muito desse texto, e aproveitando as palavras do amigo Marcio Santos, e até complementando, temos no Planeta Plutão da Astrologia uma associação bem similar a Caveira.

    Percebo a dificuldade com as questões plutonianas na vida das pessoas, exatamente pela dificuldade que temos de encarar a “morte”, essa simbologia aterrorizante que tanto medo nos desperta. Com certeza porque não “compreendemos” seu real significado.

    Temos um longo caminho pela frente em termos de nos familiarizarmos com esse tema, mas sem dúvida que a Caveira nos fascina desde tempos imemoriais. E assim creio que continuará nos fascinando pela eternidade!

    Também quero a parte II!

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